Comentários Eleison: DEVOÇÃO AO ROSÁRIO


Por Dom Williamson
Número DCCCXLIV (844) – 16 de setembro de 2023

DEVOÇÃO AO ROSÁRIO

 

O Rosário existe há séculos.

Não se conhece santo que o tenha desaprovado.

Em outubro do ano passado, estes “Comentários”, seguindo o exemplo de um padre da FSSPX na França, apresentaram uma visão geral das 13 Cartas Encíclicas escritas pelo Papa Leão XIII (1878-1903) entre 1883 e 1898 como um remédio para uma Igreja e um mundo que estavam afastando-se de Deus em direção ao século das duas guerras mundiais. Agora estamos no século XXI, e as Encíclicas de Leão podem parecer mais valiosas do que nunca, se lhes dermos a devida atenção. Segue abaixo um breve resumo da Laetitiae Sanctae de 1893, na qual Leão mostra como os Mistérios Gozosos, Dolorosos e Gloriosos do Rosário sucessivamente nos iluminam, consolam e sustentam contra as misérias do nosso tempo. As considerações gerais de Leão podem abrir-se a muitas aplicações particulares na oração do Rosário.

Mistérios Gozosos

A sociedade moderna está ameaçada por um crescente desprezo pelos deveres e pelas virtudes domésticas que constituem a beleza de uma vida humilde. A esta causa podemos atribuir, no lar, a disposição dos filhos de se absterem da obrigação natural de obediência aos pais, e a sua impaciência para com qualquer forma de tratamento que não seja do tipo indulgente e efeminado.

* Para males como estes busquemos remédio nos Mistérios Gozosos do Rosário. Posicionemo-nos diante desse lar terreno e divino de santidade, a Casa de Nazaré. Aqui contemplamos a simplicidade e a pureza de conduta, o respeito mútuo e o amor – não do tipo falso e efêmero, mas aquele que encontra tanto a sua vida como o seu encanto na abnegação do serviço.

Mistérios Dolorosos

Uma segunda característica maligna do nosso tempo reside na repugnância ao sofrimento e na ânsia de escapar de tudo o que é difícil ou doloroso de suportar. A maoria sonha com uma civilização fantástica na qual tudo o que é desagradável será eliminado, e tudo o que é agradável será suprido. Por este desejo desenfreado de viver uma vida de prazer, as mentes dos homens se enfraquecem, e se não sucumbirem totalmente, tornam-se desmoralizadas e afundam-se nas adversidades da batalha da vida.

* Um meio poderoso de renovar o nosso ânimo está, sem dúvida, na contemplação sobre os Mistérios Dolorosos da vida de Nosso Senhor. Neles contemplamos Cristo imerso na tristeza, a ponto de gotas de sangue escorrerem como suor de Suas veias. Nós o vemos dilacerado pelos flagelos, coroado de espinhos, pregado na cruz e condenado pela voz da multidão como merecedor da morte. Também aqui contemplamos a dor da Santíssima Mãe, cuja alma foi trespassada pela espada da dor. Ao testemunhar estes exemplos de fortaleza, quem não sentirá o coração aquecer-se com o desejo de imitá-los?

Mistérios Gloriosos

O terceiro mal é aquele que é principalmente característico dos tempos em que vivemos. Os homens do nosso tempo perseguem os falsos bens deste mundo de tal modo que o pensamento sobre sua verdadeira Pátria não é apenas deixado de lado, mas banido e totalmente apagado da memória. Homens de mente carnal, que nada amam além de si mesmos, perdem completamente de vista o mundo que está por vir, e afundam nas profundezas da degradação.

* É deste perigo que serão felizmente resgatados aqueles que têm diante de si os Mistérios Gloriosos. Só aqui descobrimos a verdadeira relação entre o tempo e a eternidade, entre a nossa vida na terra e a nossa vida no Céu; e é assim que se formam caracteres fortes e nobres.

Conclusão de Leão: Então, entre os múltiplos males que assolam a sociedade moderna e pressionam as nossas vidas, o Santo Rosário é como se fosse feito sob medida para iluminar-nos, consolar-nos e sustentar-nos no nosso caminho para o Céu. Que Maria, Mãe de Deus e dos homens, autora e mestra do Rosário, nos proporcione a sua feliz realização.

Kyrie eleison.

Comentários Eleison BR (comentarioseleisonbr.blogspot.com)


ACERCA DOS VÍNCULOS DE MONS. HUONDER COM OS JUDEUS E OUTROS EVENTOS GRAVES

Artigo publicado em 17/03/19 por Non Possumus
Tradução: FBMV

Mons. Huonder em audiência privada com o Papa Francisco


Mons. Huonder, que dentro de breve tempo irá se aposentar na FSSPX
[Fato concretizado em 20 de maio de 2019 – Nota FBMV] , mostrou durante sua vida uma preferência especial por Israel e pelo povo judeu. Já sua tese de doutorado, apresentada em 1975, intitula-se: "Israel Filho de Deus: Sobre a interpretação de um tema do Antigo Testamento na exegese judia da Idade Média".

Já sendo bispo, foi nomeado Presidente Delegado da Conferência Episcopal Suíça para a
"Comissão de Discussão entre Judeus e Católicos Romanos" (JRGK, na sua sigla em alemão). Em 2010, a Comissão apresentou o seguinte relatório:

Relatório anual de 2010 da Comissão de Discussão Judeo-Católica Romana (JRGK).

Mons. Vitus Huonder Presidente da referida Comissão (JRGK) por parte da Conferência Episcopal Suíça (SBK, sigla em alemão).

Temas: Em 2010, a JRGK discutiu vários temas relacionados com a relação entre judeus e católicos e a liberdade religiosa na Suíça. A atenção se centralizou nos seguintes temas e tarefas:

    1. O projeto e a preparação do primeiro Dies Judaicus [Dia do Judaísmo. O primeiro foi celebrado na Suíça em 2011, e depois foi estendido a outras nações. Nota do NP] na Suíça no segundo domingo da Quaresma, em 20 de março de 2011, onde a principal tarefa da JRGK foi preparar todos os documentos necessários para o Dies Judaicus, que logo serão traduzidos para o francês pela SBK.

O "Dia do Judaísmo", sobreposto ao segundo domingo da Quaresma, existe graças aos esforços do Bispo Huonder e de seus amigos judeus.

Isso foi dito e feito. Em 20 de março de 2011, foi celebrado o primeiro Dies Judaicus na Suíça, para o qual Mons. Huonder publicou as seguintes palavras (extratos):

Mensagem para o Dies Judaicus, 20 de março de 2011

Os dons e o chamado são irrevogáveis

Mensagem de Mons. Vitus Huonder por ocasião do Dies Judaicus de 2011.

No segundo domingo da Quaresma, 20 de março de 2011, a Conferência Episcopal Suíça estabelece o Dies Judaicus, o Dia para o Povo Judeu.

Se o primeiro objetivo do Dies Judaicus é voltar ao passado, considerando o povo das doze tribos e a origem da fé cristã, a realidade efetiva da solidariedade com o povo judeu nos faz recordar a permanente e sempre presente responsabilidade da Igreja para com o povo judeu.

As terríveis agressões contra esse povo durante a Segunda Guerra Mundial levaram a Igreja a renovar essa responsabilidade e a fazer estas declarações que podemos ler no documento conciliar Nostra Aetate. 

Em vista da realidade de que o antissemitismo se espalhou novamente nos últimos anos, a Igreja sente mais uma vez a necessidade de pedir solidariedade em nosso país para com o povo judeu. Em vista dos temores e necessidades de muitos judeus, ela tem o dever de tomar posição contra "todas as expressões de ódio, perseguição e manifestações de antissemitismo"....

dom permanente da graça. Queria de destacar aqui as palavras de São Paulo, que se referem aos nossos irmãos e irmãs judeus: "Porque os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis" (Rm 11:29). Se os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis, isso só pode significar uma coisa: que o Deus e Pai de todos os homens continua seu plano de salvação para Israel. Deus também continua hoje seu plano de salvação com o povo eleito. Ele não os deixa na mão. Ele também o conduz atualmente...

A partir desse momento, queremos orar para que essa graça e esse chamado irrevogável a Israel deem frutos ainda hoje, para que promovam a justiça e o respeito mútuo e, assim, contribuam para a unidade e a paz entre todos os povos.

Em 2009, essa mesma Comissão de Discussão Judaico-Católica se reuniu na Sinagoga de Berna para discutir os seguintes temas:

1. A nova versão da Oração da Sexta-feira Santa do Papa Bento XVI "Pelos Judeus", de 4 de março de 2009.

2. O levantamento da excomunhão contra quatro bispos da Fraternidade Sacerdotal de São Pio X pelo Papa Bento XVI em 21 de janeiro de 2009, em que sobre tudo a negação pública do Holocausto por parte de um desses bispos, Richard Williamson, assim como a relação da Fraternidade de São Pio X com a Declaração do Concílio "Nostra aetate"... Esses acontecimentos se converteram num desafio e uma carga para o diálogo judaico-católico. [Agora se entende melhor por que a FSSPX se livrou de Dom Williamson e agora dá as boas-vindas a Dom Houder! Nota do NP] A principal preocupação da JRGK era manter a confiança básica e os fundamentos do diálogo católico-judaico, especialmente à luz das conquistas dos últimos sessenta anos e das tarefas conjuntas que estão por vir. Todos os membros da JRGK lutaram abertamente para chegar a um acordo sobre questões críticas.... Finalmente, está claro que o diálogo judeu-cristão na Suíça deve continuar... Entretanto, uma conversação real em igualdade de condições exige a aceitação absoluta da outra religião e seu pleno respeito. 

3. Olhando para o futuro do diálogo judaico-católico, há outros desafios, como a beatificação do Papa Pio XII...

4. A JRGK alcançou um objetivo importante com a introdução do Dies iudaicus na Suíça desde 2011... A partir de 2011, o Dies iudaicus será celebrado no segundo domingo da Quaresma. A Conferência Episcopal pede a JRGK que forneça às paróquias material adequado para o Dies iudaicus em cooperação litúrgica.

 O relatório anual de 2013 afirma:

Trataram-se dos seguintes temas: o estabelecimento de paróquias especiais com missa tridentina pelo ex-presidente católico da JRGK, Mons. Dr. Vitus Huonder e os problemas do diálogo católico-judaico; o relacionamento entre o Vaticano e a Fraternidade São Pio X.

Por que a Comissão para o diálogo judaico-católico deveu discutir na Sinagoga de Berna a relação entre a FSSPX e Roma e o estabelecimento de paróquias com a Missa Tridentina? O que é isso? Cabe perguntar-nos se existe um plano combinado entre o Papa e a Sinagoga, que atualmente está sendo executado em relação a Mons. Huonder e à FSSPX.

O relatório anual da Conferência dos Bispos Suíços de 2016, nos informa:

27.6.2016, A Pontifícia Comissão Ecclesia Dei prorroga a Mons. Vitus Huonder, Bispo de Chur, seu mandato para continuar as discussões teológicas e pastorais com os círculos ligados à Fraternidade Sacerdotal São Pio X.

Foi por isso que Francisco também prorrogou o mandato de Mons. Huonder como bispo de Chur?  Tudo parece indicar que sim. Em 17 de dezembro do mesmo ano, o Bispo Huonder foi recebido em uma audiência privada por Bergoglio. Menos de um ano depois, em 4 de maio de 2017, a Conferência Episcopal Suíça publicou um comunicado que anunciava a prorrogação do mandato de Dom Huonder:

"O Papa Francisco decidiu não responder agora ao pedido de renúncia de Mons. Vitus Huonder e torná-la efetiva na Páscoa de 2019. O Presidente da Conferência Episcopal Suíça, Mons. Charles Morerod, reagiu da seguinte forma: "Tomamos conhecimento dessa decisão e a respeitamos, é claro".

Friburgo, 4 de maio de 2017, Conferência Episcopal Suíça, Walter Müller, Responsável de Informações."

Em 3 de maio, Mons. Huonder publicou seu próprio comunicado, no qual tornou conhecida a decisão de Francisco e no qual diz: "Sou grato por ter me dado a possibilidade de levar adiante e acompanhar alguns trabalhos que ainda não estão concluídos dentro da diocese como em outras áreas".

Será por isso que há vários anos a FSSPX vinha se preparando para receber o Bispo Huonder em uma de suas casas publicando, para esse fim, artigos a seu favor?

Por sua vez, o Pe. Nay, fundador e administrador do site GloriaTV, afirmou em maio de 2017 o seguinte a respeito da prorrogação dada por Francisco ao mandato de Mons. Huonder (extrato):

As conjecturas sobre as razões da prorrogação começaram rapidamente. Por que Roma não tem pressa em desfazer-se do bispo de Chur, por quem o Papa Francisco teria pouca simpatia? A resposta: porque Roma tem mais coisas para fazer com pressa. O quê? A regularização da Fraternidade Sacerdotal de São Pio X. O que isso tem a ver com Huonder? Mais do que alguém poderia pensar. A Casa Geral da Fraternidade não está situada na diocese de Chur, mas muito próxima a ela. Huonder é, como se diria no jargão da esquerda, o mais importante "portador de esperança" suíço para a Fraternidade.

Durante anos, Huonder, por qualquer motivo que seja, tem celebrado a missa tridentina. Ele também visita as casas da FSSPX (a mídia não notou isso). Isso impressiona a Fraternidade. Huonder é o bispo suíço mais próximo do bispo suíço Bernard Fellay. A prorrogação de Huonder é certamente um sinal encorajador para o Bispo Fellay. Ele anima em sua opinião (não estou brincando) de que o Papa Francisco também está "bem disposto" em relação à sua Fraternidade, apesar do fato de que ele comumente descreve os Piedosos (e outros) como fariseus de mente estreita.

Nesse contexto, a prorrogação de Huonder é, portanto, uma medida de construção de confiança (ou medida tática).

Na diocese de Chur, Francisco não precisa se apressar. As coisas não estão tão mal ali. A formação de padres na escola superior de teologia nunca foi tão ruim quanto é hoje.

Desde que Huonder assumiu o cargo - como me disseram - 10 padres da ala católica deixaram a diocese. Os homossexuais permaneceram. Os padres, que vivem com uma concubina declarada publicamente, celebram sob o olhar de Huonder a missa por ocasião de seu jubileu sacerdotal. Os liberais não precisam temer Huonder. É por isso que a reclamação da esquerda sobre Huonder não é realmente compreensível.

É uma clara demonstração de sua tendência liberal que a FSSPX tenha expulsado um bispo católico por "negar o holocausto" e depois se prepare para receber, e de fato recebe no seio de sua fraternidade, um bispo conciliar, ecumenista e liberal, um modernista filo-judeu defensor da "Nostra Aetate":

"A declaração (Nostra Aetate) não deve ser considerada uma traição à fé cristã. Ela é amigável. É pacífica. É aberta. É de boa fé, é benevolente...".  Trecho desse sermão de Mons. Huonder.

Como um liberal convicto, o Bispo Huonder também é amigo dos maometanos. De acordo com o Relatório Anual de 2017 da Conferência Episcopal Suíça, no Dicastério para o Diálogo Inter-religioso, no Setor "Religiões Não-Cristãs, Comissão para oDiálogo com Muçulmanos e Grupo de Trabalho Religiões Asiáticas e Africanas AG AAR", o Bispo Huonder atua como "Corresponsável".

E um último dado sobre a postura desse bispo em relação à moral: deve-se saber que, em 15 de março de 2013, Mons. Huonder suspendeu as funções canônicas do padre Reto Nay como castigo por um vídeo da GloriaTV que denunciava os bispos alemães que permitiam o uso da pílula do dia seguinte em "certos casos".

A CONTRADIÇÃO TÍPICA DO CATÓLICO LIBERAL, REFLETIDA NO BRASÃO DE ARMAS DO BISPO HUONDER: PRETO E BRANCO... CORDEIRO DE DEUS E ANIMAL SEMELHANTE A UM BODE...

__________________________________

"É ótimo poder oferecer um lar a um bispo como esse".

P. Firmin Suter FSSPX, Diretor do Instituto Sancta Maria, Wangs, Suíça.

Comentários Eleison: RESISTENTE LÚCIDO


Por Dom Williamson

Número DCCCXLIII (843) – 9 de setembro de 2023

 RESISTENTE LÚCIDO

As crianças são inocentes, seus jogos são meigos,

Mas os adultos precisam derrotar o Diabo!

O chamado movimento de “Resistência” dentro da Igreja Católica atual é um assunto de pouca importância, humanamente falando, mas pode ser que essa seja a vontade de Deus, dado o estado de caos sem precedentes em que a Igreja e o mundo se encontram atualmente. Se dissermos que esta “Resistência” consiste numa união dispersa e sem estrutura de sacerdotes – cuja maioria veio da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, depois de a terem deixado por vontade própria ou por terem sido expulsos por seus Superiores pelo fato de não estarem de acordo com a reorientação da Fraternidade em seu Capítulo Geral de 2012 –, então podemos perguntar: o que esses sacerdotes “Resistentes” conseguiram desde 2012?

Humanamente falando, a resposta deve ser: não muito. As características normais de qualquer organização católica são: a estrutura, os Superiores e os súditos, a obediência interna a esses Superiores e a obediência externa às autoridades católicas locais e a Roma. E até agora os sacerdotes da “Resistência” parecem não ter conseguido nada disto, como os seus inimigos não deixam de salientar. A “Resistência” também não pode orgulhar-se de estar convencendo muitas almas de que tem a verdadeira solução para os problemas aos quais nem a Neoigreja nem a Neofraternidade dão solução. Muitas almas podem ser atraídas durante algum tempo para a “Resistência” pelos argumentos da Verdade que ela apresenta, mas um número menor ficará permanentemente, muitas vezes devido à aparente falta de Autoridade por trás desses argumentos. Os católicos precisam do seu Papa católico, e muitos, desestabilizados sem ele, seguem a sua sombra.

Então, se à “Resistência” em princípio não se dá ouvidos, e mal se a segue na prática, de que ela serve? Aqui estão duas citações da Paixão de Nosso Senhor. A primeira, aos fariseus que o repreendiam pelo barulho que faziam seus discípulos: “Digo-vos que, se estes se calassem, até as próprias pedras clamariam” (Lc XIX,40). Ora, a “Resistência” é pisoteada, como as pedras na rua, mas clama, para que as pedras não precisem fazê-lo! E a segunda, a Pôncio Pilatos, quando Lhe pergunta se Ele é rei: “Para isso nasci e para isso vim ao mundo, para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz” (Jo XVIII, 37). A “Resistência” diz verdades vitais que a FSSPX já não diz, como, por exemplo, a de que os atuais oficiais romanos perderam a Fé.

Segue abaixo o que um membro da “Resistência” escreve a respeito disso. Seria desejável que houvesse muitos outros membros que vissem a realidade com tanta clareza. Caso contrário, arriscam-se a brincar com jogos infantis, algo como os capitulares da FSSPX em 2012... e 2006... e 1994...

Com efeito, não se pode ser “otimista” quanto ao que se passa aqui, nem em relação a algum determinado sacerdote em particular, nem em relação à “Resistência” em geral. O Diabo está trabalhando em dobro para derrubar os últimos bastiões da Tradição. Precisamos pedir a Deus para mantermos a cabeça fria. Nicolas Gomez Davila (1913–1994) dizia: “Já que tudo o que está sendo construído hoje passa automaticamente para o inimigo, esperemos, antes de construir qualquer coisa, que o tempo nos traga materiais que não traiam”. Que Deus nos conceda paciência, bom senso e bom humor.

Em outras palavras, assim como a Igreja Católica oficial passou para o inimigo no Vaticano II, e assim como a Fraternidade Sacerdotal São Pio X passou para o inimigo no seu Capítulo Geral de 2012, é bem possível, e até provável, que a “Resistência”, por sua vez, também passe para o inimigo, mesmo que isso dificilmente possa acontecer oficialmente, já que a “Resistência” tem muito pouco de oficial. Pode-se pensar se não é exatamente por isso que o Senhor Deus permitiu que a “Resistência” exista com tão pouca estrutura e organização.

Em todo caso, parabéns ao filósofo colombiano, que nunca frequentou nenhuma “universidade”. E parabéns ao membro da “Resistência” que o cita. Nenhum deles está brincando de jogos infantis.

Como diz São Paulo: “Quando me tornei homem, abandonei os costumes infantis” (1 Cor. XIII, 11). Alguém poderia perguntar: restou algum homem?

Kyrie eleison.

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Comentários Eleison: A MULHER NAS ESCRITURAS – III



Por Dom Williamson

Número DCCCXLII (842) – 2 de setembro de 2023

 A MULHER NAS ESCRITURAS – III

De múltiplos tesouros, Deus é o acumulador infinito,

Mas o homem substituiria Deus pela própria desordem humana.

O fenômeno da feminização dos homens e da masculinização das mulheres, tão difundidas no pobre mundo de hoje, é uma reviravolta tão universal e radical para a natureza humana que seriam necessários muitos números destes “Comentários” de uma página para fazer-lhe justiça. Contudo, a propaganda em favor desta guerra específica contra os seres humanos é tão pesada à nossa volta, que o bom senso precisa de toda a ajuda que puder obter, e talvez de pelo menos mais um número destes “Comentários”, para ajudar os leitores a enquadrar o problema da forma certa: em Deus.

Pois, de fato, como alguns leitores já devem ter compreendido, aqui está o ponto mais importante de todos para que se possa decifrar como um mundo inteiro pode cair em insanidades como o feminismo e o antimasculinismo. Se Deus existe, e se foi Ele quem projetou todas as criaturas, espirituais e materiais, então é claro que Ele projetou os seres humanos como homem e mulher para viverem na terra como todos os outros animais materiais, macho e fêmea; mas com uma alma espiritual, com razão e livre-arbítrio, diferentemente de todos os animais puramente materiais, para que tanto ele como ela pudessem responder ao Seu amor criador e merecessem partilhar a Sua bem-aventurança eterna. Os seres humanos foram feitos para a eternidade, nada menos que isso.

Assim, diante de Deus, o homem e a mulher têm um destino igual no Céu e uma dignidade espiritual igual, mas, para a nossa breve vida na terra, Deus projetou não a igualdade entre o homem e a mulher, mas funções complementares, para criar famílias, que são pequenas sociedades, que não requerem igualdade, mas sim um chefe, com autoridade para liderar e decidir por toda a família. E os dons dessa cabeça Ele dá geralmente aos homens, enquanto as mulheres Ele costuma compensar com dons do coração, pelos quais se difunde o amor e a felicidade por toda a família. Assim, uma desigualdade terrena e temporal para as mulheres tem como fim levar a uma igualdade eterna no Céu.

Mas imaginemos agora que os seres humanos, em escala mundial, excluam Deus de suas vidas. Não haveria mais Criador, não haveria mais Aquele que projetou a vida humana e a natureza, não haveria mais eternidade nem vida eterna. Seríamos produtos aleatórios de uma “evolução” que descarta por completo um projeto, um destino, uma eternidade. No entanto, a humanidade aprendeu de Cristo, através da cristandade, tudo sobre a dignidade e a igualdade de todos os homens, e esta herança deu aos seres humanos um sentido aguçado do seu próprio valor. Eles gostaram deste e não querem perdê-lo. Mas sem Deus ele não tem mais qualquer respaldo do passado nem garantia para o futuro. Portanto, tentam embutir uma igualdade de dimensão divina nesta pequena vida de dimensão humana, na qual ela não pode caber, assim como um litro de líquido não cabe numa garrafa de meio litro. Daí, com todos os tipos de sintomas, a insatisfação da vida moderna. Pessoas sem Deus, mas antes piedosas, querem os frutos de Deus sem as raízes. Não funciona. Não pode funcionar. Mas os seres humanos insistem em tentar fazê-lo funcionar, para viverem a vida em seus próprios termos, em vez de regressarem a Deus para viver esta vida nos termos de Deus. Na verdade, eles estão escolhendo o Inferno, e estão transformando este mundo num vestíbulo do Inferno.

Aqui está um forte argumento em favor da existência de Deus. Se excluí-Lo, como a humanidade está fazendo atualmente, pudesse tornar todos permanentemente felizes e prósperos, isso poderia confirmar que o homem não vem de Deus nem está destinado a ir para Ele. Mas, pelo contrário, se os homens de hoje estão profundamente inquietos e insatisfeitos – o que se pode constatar por meio de seus políticos, que prometem continuamente mudanças de uma maneira ou de outra, mas sempre “mudanças” –, isso não é uma indicação de que os homens não foram feitos para o liberalismo e o materialismo, para se libertarem dos Dez Mandamentos e para a busca desenfreada pelo dinheiro? Se os homens pudessem fazer com que o liberalismo e o materialismo tivessem êxito, então teríamos de desesperar da vida humana. Mas existe esse sentido natural de que deve haver algo mais na vida humana do que apenas o que é “desagradável, pobre, brutal e curto” (nas palavras de Thomas Hobbes, 1588-1679), e assim a condição desesperadora dos homens que nos rodeiam é até um sinal de esperança!

As feministas e os antimasculinistas são guerreiros viscerais na grande guerra contra Deus. Mas eles não a vencerão.

Kyrie eleison.

Comentários Eleison BR (comentarioseleisonbr.blogspot.com)

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Comentários Eleison: A MULHER NAS ESCRITURAS – II

Por Dom Williamson

Número DCCCXLI (841) – 25 de agosto de 2023

 

A MULHER NAS ESCRITURAS – II

Os santos Pedro e Paulo ensinam o mesmo sobre as mulheres,

Cabe aos homens guiá-las, em nome de Deus.

 Certamente poucos leitores destes “Comentários” haviam percebido, antes de ler os da semana passada, em quantos lugares o Novo Testamento aborda diretamente a questão, tão controversa hoje, do homem e da mulher. Quando veem essas citações reunida se dão conta do quanto dizem a mesma coisa e de até que ponto o que dizem se afasta dos ensinamentos e da prática do homem e da mulher modernos. Comentemos as citações:

 Gên. II, 18–24: Um adjutório

Mesmo antes de a primeira mulher ser criada, ela foi projetada por Deus para ser orientada para o seu homem: ser sua esposa fiel (“dois em uma só carne”), permitir-lhe ter filhos e formar uma família (como nenhum outro homem poderia fazer), formar uma nova geração (“deixando pai e mãe”), dar continuidade à humanidade, eventualmente povoar a terra (e não despovoá-la: Gen. IX, 1, 7). Tudo isso Adão compreendeu imediatamente. Já as feministas de hoje tentam afastar-se dessa orientação para o homem; mas ela está demasiado arraigada na natureza delas, e quanto mais elas conseguem fazê-lo, maior o desastre para as mulheres e os homens. Veja-se, por exemplo, o MGTOW, uma reação dos homens ao feminismo que desnatura a mulher. O homem e a mulher foram projetados por Deus com uma complementaridade maravilhosa, e como a cabeça e o coração em um ser humano, precisam um do outro, e a natureza sempre os unirá.

 Gen. III, 16: A Queda: punição, submissão

Mesmo antes da Queda, Eva estava subordinada a Adão, porque na Criação de Deus há ordem e hierarquia em toda parte, não igualdade e desordem. Ao homem, Deus dá dons de razão para que seja chefe da família e da sociedade; à mulher, Ele dá dons de amor para torná-la o coração da família e do lar. Mas embora antes da Queda esta subordinação natural da mulher tivesse sido indolor, depois da Queda pela qual Eva fez Adão cair, como parte do seu castigo por Deus, esta subordinação tornou-se dolorosa. Pela graça sobrenatural, em um casamento cristão essa dor é aliviada, mas pelo orgulho do feminismo, a dor só se agrava.

 1 Cor. XI, 3–12: Hierarquia

O ensinamento de São Paulo não poderia ser mais claro: 1 Deus. 2 Cristo. 3 Homem. 4 Mulher. Eis a chave do feminismo: se o homem livrar-se de Deus e de Cristo, a mulher naturalmente se livrará do homem. Assim, se o homem deseja restaurar a ordem no seu lar e na sociedade, deve começar por subordinar-se a Deus através de Cristo. Por isso é bastante razoável argumentar que os verdadeiros autores do feminismo desastroso atual são os homens, e não as mulheres.

 Ef. V, 21–33: Casamento

Assim, nesta citação mais longa que serve como Epístola na Missa de Matrimônio católico, os versículos 24 e 33 lembram à futura esposa o seu dever de submissão e respeito para com o marido, mas todos os outros versículos se dirigem ao marido, para dizer-lhe que cuide de sua esposa, como Cristo cuida de Seu próprio Corpo, a Igreja. É um exemplo sublime para um casamento. Depende do homem dar a direção certa à sua esposa.

 Col. III, 18–21: Família

Aqui está a complementaridade essencial: Maridos, amem suas esposas; esposas, submetam-se a seus maridos.

 1Tm. II, 9–15: Salvação pela maternidade

Quando os homens são ímpios, como acontece hoje em dia, as mulheres assumem o controle, tanto na sociedade como no lar, e às vezes têm de fazê-lo, com os muitos resultados infelizes que observamos ao nosso redor, porque as mulheres não são feitas para exercer a autoridade, mas para dar e receber amor, especialmente ao serem mães.

 Tito II, 4–5: Centradas no lar

Assim como o homem precisa ser criativo em seu trabalho, a mulher precisa ser criativa formando uma família e um lar.

 1 Pedro III, 1–7: Mais duas razões para que as esposas se submetam

Primeira: a insubmissão das esposas é tão antinatural que, praticada pelos cristãos, desacreditará a Cristo. Segunda: as mulheres são mais frágeis que os homens, e por isso devem ceder, enquanto os homens devem cuidar das fragilidades delas.

 Kyrie eleison.

Comentários Eleison BR (comentarioseleisonbr.blogspot.com)

Edição: FBMV

De São Pio X a João XXIII - Homilia do 14º Domingo depois de Pentecostes

 



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